Histórias Súbitas - 038
/Sua maior tristeza, ao morrer, não era o que estava deixando para trás, mas tudo que estava carregando.
Sua maior tristeza, ao morrer, não era o que estava deixando para trás, mas tudo que estava carregando.
"Vinho? Refrigerante? Água? Poção da Vida Eterna?"
"Que tipo de vinho?"
"Branco."
"Vou tomar água, então."
Tinha que aceitar que certas liberdades não vinham sem um preço.
Ainda assim, se sentia um criminoso usando papetes com meias.
A cada dose, suas mágoas ficavam um pouco maiores que o copo. Se afogou.
Morreu. Logo após uma vida. Algum tempo depois de seu nascimento.
Um dia, aconteceu muita coisa, mas ninguém se importou
Havia um fogo incontrolável em seu olhar, um calor irresistível.
E foi com esse poder que destruiu a cidade.
Estava cansado de ser pisado todos os dias. De ser ignorado.
Mas não havia o que fazer. A vida de degrau não era nada fácil.
Naquele relacionamento, eram as pequenas coisas que mais incomodavam.
No caso, o cérebro dele.
Queria botar um ponto final em tudo.
O máximo que conseguiu, depois de muitas exclamações, foram interrogações e reticências.
Ela confundia o que era Nós, e o que era Nosso.
Quando perdemos Tudo, não havia mais Eu e Ela.
No mundo dos clones, a maior benção, e a maior maldição, era que todas as comparações davam no mesmo.
Ia provar para elas.
Elas iam ver que ele era um cara legal.
Que ele merecia amor.
Nem que tivesse que matá-las para isso.
Teve sucesso em seu plano de falhar.
Alcançando assim a perfeição de suas aspirações.
Só que não.
O folheto não era nem um pouco convincente:
"Aulas de Corte e Costura, com Dr. Frankenstein."
A rara Aranha-Gravata-Borboleta aguardava uma presa incauta que a vestisse.
A moda mudou, a aranha definhou.
Depois de tanto tempo procurando o amor, finalmente havia encontrado.
Esse era o pior dia de sua vida.
Pânico. Gritos. Confusão.
Havia um touro no supermercado.
Na verdade, ele só queria comprar sabão em pó.
Finalmente havia tomado coragem.
Ia se declarar.
Diria tudo o que sentia.
Mas nessa tarde o planeta explodiu, alheio a seus sentimentos.
As sobrancelhas de Luís pareciam lhe dizer algo.
Júlia não queria saber.
Não importavam os motivos, a tatuagem havia ficado horrível.
Oi! Você pode falar comigo em qualquer uma das redes sociais que estão no rodapé desta página, ou me mandar um e-mail pelo formulário abaixo! Geralmente, eu respondo em até 48 horas :)
Powered by Squarespace.